Mudámos todas as rotinas! E agora é esperar para ver...



Este início de ano, que costuma ser só lectivo, tem sido cheio de inícios e coisas novas.

Mudámos de casa, a Teresinha está a crescer e requer muita atenção, o Quico mudou de escola, de carrinha, de terapuetas e de professores.

Então, o Quico está num colégio novo com quase todas as terapias integradas. É um modelo novo, que eu estava a precisar pois 6 anos de levar e buscar à escola e correr de terapia em terapia, 3 filhos, sou humana e rendi-me: não estava a conseguir suportar mais. Também é um modelo que faz sentido. Vamos ver como resulta.
Para já, o Quico tem aulas de expressão motora, musical e de Yoga com os colegas. Tem aulas individuais de música (porque tem muita sensibilidade para a música e o professor propôs aulas acrescidas - reflexo do seu ponto forte ser a audição), terapia da fala, terapia ocupacional e ensino especial. 
Trata-se de uma escola muito boa, mas enorme, estão a criar a unidade de ensino especial e sobretudo o objectivo é que se consiga melhorar na parte cognitiva. 
Em relação a este aspecto, vamos ver o que vai acontecer pois levantam-se muitas dificuldades e Portugal não tem escolas nem pessoas preparadas para graus de deficiência como os do Quico. Não sei onde andam as crianças com deficiência. Sinceramente...

Em relação à fisioterapia, que tem sido ao longo dos anos o nosso principal foco, continuamos a fazer CME com o João, o novo terapeuta, que tem mais força e maior capacidade para trabalhar com o Quico. Gosto muito... Vamos ver até quando vai ser possivel continuar a fazer CME pois o Quico está cada vez mais pesado.


Em casa, tivemos muita sorte pois a fisioterapeuta tinha disponibilidade nos horários de final de tarde, quando o Quico chega da escola.
Acho que tem corrido muito bem. O Quico chega da escola sempre cansado, descansa um bocado, em vez de ir a correr sair para ir para mais uma terapia (toda a gente sabe o que implica: põe e tira do carrinho várias vezes, depois põe e tira o Quico do carro, põe e tira o carrinho no porta bagagens, aperta e desaperta cintos, arranja lugar para estacionar, levar a nossa tralha de mãe e dele atrás...).
Assim a Rita vem a casa e tem feito um excelente trabalho. Como tem formação em PediaSuit acaba por utilizar o fato em quase todas as sessões, temos algum equipamento como a plataforma, espaldar, pedaleira... E estamos à espera da gaiola e da passadeira para poder trabalhar mais coisas. 

É uma querida e altamente tolerante, pois no final de cada sessão ainda tem que fazer "terapia a fingir" ao Duarte, a Teresinha anda sempre a tentar comer os elásticos do fato do Quico, e todos querem fazer actividades com ela...



O Quico anda muito cansado, pois sai muito cedo, tem muitas terapias e actividades ao longo do dia, e quando chega a casa tem ainda que trabalhar. Mas fazer o quê? :-(
Acabamos por estar todos juntos e brincar no meio da terapia e a seguir aos jantares e depois vai tudo dormir.

Este é efectivamente um ano de mudanças, vamos ver como corre. Nada é definitivo e não há soluções nem pessoas perfeitas. Isso vou ter que meter na minha cabeça.

Tenho andado muito céptica e a deixar correr para ver o que acontece.

Para já, estou muito contente com a terapia em casa e nesse aspecto estou descanda. De qualquer forma, estou a programar umas coisas para breve e outras para o início do ano, que também podem contribuir para a melhoria do trabalho da Rita e do que é feito na escola.


Todos os inicios de ano lectivo são duros, com adaptações de rotina, e este tem sido especialmente duro. Imagino que os das outras crianças com necessidades especiais também sejam. Sobretudo quando ainda acresce a falta de pessoal ou de recursos. Mas devemos olhar em frente e ter fé que um dia tudo vai melhorar...
 
Sara


  

 

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